quinta-feira, junho 16, 2005

Apresentação dos Candidatos do PSD a Camâra Municipal de Coruche...

Hoje até nem era para escrever mais nada...não acham que já escrevi bastante???

Mas não resisti a comentar a notícia da manhã... Parece que é desta que o PSD arranjou candidato...deve ser p´raí a 5ª escolha...o nome oficial é o do Sr. Manuel Sombreireiro...boa sorte...agora é que vão ser elas...e no próximo dia 20 vamos ficar a saber o resto da equipe, será que os outros candidatos também são da 5ª escolha??? pois...eu compreendo com tantas negas, alguém tinha de ser não acham? O que acho mais interessante é a sede de campanha o Ex-Restaurante Coruja...será que algumas familias com nome cá no burgo vão voltar (ou entrar) na política local??? qual será a razão??? Alguém sabe???

A propósito o PS aprenta amanhã a recandidatura do Dr. Dionísio Mendes e da Dra.Luisa Portugal...o que estarão a pensar do cabeça de lista do PSD???

Bom...chega de conversa por hoje...

Fiquem Bem...

Um caso típico analisado num encontro mundial de gestão empresarial…

Ia uma jovem a passear com o seu namorado, quando ouviram uns empregados de umas obras gritar:- Oh cabrão, não a leves a passear, leva-a mas é para um lugar escuro e come a gaja!!!O rapaz, muito envergonhado, segue o seu caminho com a namorada e passam por um parque onde estão vários reformados sentados que ao vê-los começam às bocas ao noivo:- De mãozinha dada com a miúda, devias é levá-la para um motel, ó paneleiro!!!!O rapaz, cada vez mais envergonhado, decidiu-se levar a namorada a casa e despede-se:- Então até amanhã, meu amor!A noiva responde-lhe:- Até amanhã, surdo de merda!!!
Conclusão:Escuta e põe em prática os conselhos dos consultores externos, são gente com experiência, se não o fizeres, a tua imagem e gestão empresarial ver-se-ão seriamente deterioradas.

Escorreganços…

Um casal estava dormindo profundamente o sono dos justos !!!De repente, lá pelas três horas da manhã, escutam ruídos estranhos fora do quarto. A mulher acorda, sobressalta-se e totalmente espantada diz para o homem:- Aaaaaiiiiiii, que deve ser o meu marido!!!- O tipo, levanta-se todo atrapalhado, pega numas peças de roupa e ainda estremunhado, salta pela janela, aterrando em cima dos cactos e dos arbustos do quintal. Poucos segundos depois, volta ao quarto, cheio de arranhões e equimoses e diz, furioso:- Ouve lá, mas tu estás parva, ou quê ??? O teu marido sou eu!!!

Apertar o Cinto…

Os Administradores do banco de Portugal também apertam o Cinto de 60 viaturas novinhas.
Estando nós habituados a ver o Dr. Vitor Constâncio a defender, dia sim dia não, a contenção da massa salarial, em especial a dos funcionários públicos, e tendo sido que o Governo decidiu que os assalariados que auferem de salário mínimo só podem ter aumentos equivalentes a uma bica por dia de trabalho efectivo, não deixou de ser uma feliz coincidência saber que os administradores do Banco de Portugal também apertam o cinto.Pois, apertam o cinto de viaturas novinhas em folha: o governador, Vítor Constâncio, teve direito a um BMW 530 D, no valor de 67400 euros (13400 contos). Para dois administradores foram um Saab Sport Sedam 2.2, no valor de 37 mil euros (7400 contos) e um Volvo V40 1.9D, de 36730 euros(7363 contos). E para que o motorista do Dr. Vitor Constâncio não se sentisse diminuído também levou um Peugeot 206 color line.No Banco de Portugal existem 56 viaturas atribuídas para 1794 funcionários, o que dá um carrinho por cada 32 almas. O mesmo rácio aplicado à DGCI implicaria que esta disporia de um parque com nada menos que com 406 viaturas, o que agora dava um jeitão para cumprir as últimas ordens do senhor ministro, e ir a correr atrás de todos os que devem impostos a ver se davam um remendinho no buraco orçamental. E se aplicado aos 700.000 funcionários públicos isso implicaria que o Estado deveria ter qualquer coisa como 21.875 viaturas, o que dava ocupação à Ford Europa por uns tempinhos.Ao que parece, o Banco de Portugal dá o exemplo de uma forma original: quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é estúpido ou não tem arte.
E o Dr. Vitor Constâncio que há uns tempos aumentou o seu próprio vencimento, de estúpido não parece ter mesmo nada, podia era andar um pouco mais calado.
Parabéns Dr. Vitor Constâncio!

Assim vai o nosso país…agora lembrei-me…Portugal é um país geométrico: é Rectangular e tem problemas bicudos discutidos em mesas redondas…por bestas quadradas…!

Até logo…

O TOMÉ DO CASTELO…

E como nada acontece de novo na nossa pacata terrinha…vou hoje falar-vos duma personalidade picaresca…!

Pouca gente haverá em Coruche que se lembre de ter ouvido falar no Tomé do Castelo.
Pois este Tomé marcou a sua época ai entre 1830 a 1850, segundo consta, era o guarda, ou melhor o ermitão da Igreja da Senhora do Castelo, conhecido de toda a população da vila e seus arredores.
Homem dos seus 40 a 45 anos, de estatura regular, um pouco curvado, olhos pequeninos e penetrantes, palavras mansas, suaves e não muitas; tal era o Tomé. Muitos o tomavam por um santo, e, com os predicados que denotavam um verdadeiro tartufo, estava-lhe a carácter o lugar que ocupava.
Os devotos que de diversas terras vinham todos os anos ás festas de 15 de Agosto, tinham por ele tanta estima, como devoção tinham pela Senhora do Castelo, que naqueles tempos, tanto por todo o Alentejo, como pelo Algarve, era considerada a Santa de mais virtudes e mais pródiga em fazer milagres.
A fama da Senhora de Lourdes ainda não tinha ultrapassado as fronteiras e a Senhora de Fátima era ainda desconhecida dos pequenos pastores de Vila Nova de Ourém, de forma que não havia Santo nem Santa que pudesse desviar-lhe a devoção, nem a santidade das suas virtudes, nem a gloria dos seus triunfos milagrosos: e lá estava o nosso Tomé, o seu maior propagandista com as suas palavras cheias de unção para lhe exaltar a fé, contando, com todas as minuencias os prodígios dos mais estupendos milagres que é possível imaginar, feitos pela Senhora do Castelo.
Contava ele, que certo dia, um alvanel trabalhando sobre um andaime de grande altura, devido a um descuido qualquer, dali se despenhara cairia nas lages de pedra de um terraço onde com toda a certeza ficaria feito em pedaços, se não fora a feliz lembrança que tivera, quando vinha a meio da queda, em se apegar com a Senhora do Castelo a pedir que lhe valesse, e com tanta devoção o fez, que a nossa Senhora o atendeu. O homem efectivamente caiu sobre as pedras, mas ficou ileso, apenas sofrendo o susto.
Como ermitão a limpeza da Igreja e, de todos os objectos do culto era só feita por ele, mas o que mais trabalho lhe dava era o menino Jesus, segundo ele dizia, que aproveitava o silêncio da noite para fazer certas excursões misteriosas, não se sabendo nunca onde passava as noites, voltando de manhã com os sapatinhos cheios de lama e o manto coberto de pó!
Depois para limpar aquelas rendas e bordados e as santas vestimentasem estado que ninguém suspeitasse que o menino se ausentava de noite,era um trabalho insano.
Como tinha o dom da narrativa, sempre grave e pachorrento, era com estas e outras patranhas de igual força que deixava de boca aberta todos quantos tinham a paciência de o escutar, e com tanta vivacidade dizia estas coisas, que por vezes julgava estar falando verdade, e um dia para se certificar foi apalpar os pés da imagem a ver se estavam molhados.
Sobre a aparição de Santa e da fundação da Igreja também contava que quando o rei D. Afonso Henriques saira de Santarém com as suas hostes em direitura a Évora a bater os mouros, viera esbarrar em Coruche, onde apareceu a virgem que lhe disse: -“bem vindo sejas Afonso, aí te envio um guia que te ensinarão caminho que pretendes seguir” – e a coruja que hoje se vê nas armas da vila, lá foi piando adeante do exército. Foi então que o rei em recompensa daquele serviço mandou edificar a Igreja sob a invocação da Senhora do Castelo.
Ao meio do templo , pregada na parede, havia um caixote, chapeado em ferro, com grossas fechaduras, e um pequeno orifício na tampa a que chamavam mealheiro, convidando os devotos deitar o que diziam ser esmola, ainda mesmo que fossem moedas de ouro.
No trono, junto aos pés da Senhora e do menino Jesus, colocava-se uma grande bandeja de prata destinada ao mesmo fim do migalheiro, Mestre Tomé sempre vigilante atento não perdia de vista os visitantes, e quando estes iam para cumprir os seus votos, indicava-lhes de preferência a bandeja, exclamando com a sua voz melíflua e untuosa: -“ é ali apontando para a bandeja é ali meus amados irmãos, é ali aos pés d´Ela que deveis depor as vossas esmolas, é ali que Ela as sabe agradecer”…Os devotos então, sugestionados pela quente palavra do Tomé, lá se encaminhavam para a bandeja, e as belas peças em ouro do reinado de D. Maria I que há muito não viam sol nem lua, começavam a cair como chuva de envolta com os cruzados de D. João VI.
Não era só aquelas moedas, eram anéis, cordões, brincos e toda a espécie de jóias que ali se via, oferendas que os romeiros traziam para pagamento das suas promessas.
No mealheiro depois de aberto pouco se encontrava, algumas moedas em cobre e nada mais. O Tomé esfregando as mãos, intimamente rejubilava de prazer.
O dia 15 de Agosto era para a Senhora do Castelo como a nau dos quintos que do Brazil vinha carregada de ouro e pedrarias para o rei D. João V; e para o povo da vila de Coruche e das suas circunvisinhanças um dia de grande jubilo.
Hoje apesar da concorrência de devotos inferior á daqueles tempos, este povo ainda conserva pela Senhora do Castelo a mesma fé e a mesma devoção que os seus antepassados. Como preito de veneração é raro encontrar-se ali uma qualquer Maria que não tenha aquela Santa por madrinha de batismo, costume muito antigo que vem de longas eras e ainda hoje respeitado.
A irmandade da Santa dava ao nosso Tomé além da casa para habitar, uns magros tostões por ano que para pouco lhe chegavam mas como tinha pulso livre, pedia para si em nome da Santa e assim se foi governando por largos anos até que a morte se lembrou de o levar.
Sucederam-lhe outros ermitões mas nenhum com a lábia fina e sugestiva que o Tomé sabia empregar com todos os devotos que durante o ano visitavam a Senhora do Castelo. Viveu sempre com o apêndice do Castelo, -Tomé do Castelo – nunca teve outra alcunha.

Até mais...fiquem bem...!